Autor brasileiro publica livro sobre automobilismo nos EUA

O brasileiro radicado nos Estados Unidos Carlos de Paula acaba de publicar o livro “Motor Racing in the 70s – Pivoting from Romantic to Organized”, que analisa as transformações que ocorreram no esporte durante a década de 1970. Além de seções analíticas e históricas, o livro contém longas listas de pistas e circuitos, pilotos, marcas de carros de corrida utilizados durante a década, inclusive brasileiros, seções sobre patrocinadores, categorias e campeonatos, listas de campeões e sobre questões financeiras.

Apesar de  escrito em inglês, o livro também uma seção com mais de 80 páginas que é bastante interessante para os amantes brasileiros do esporte: “Case Study – Brazil: from Footnote to Relevance in the Course of Three Seasons”.  De fato, um ano antes do começo de década, 1969, o esporte estava em penúria no Brasil: poucas corridas, Interlagos fechado para reforma, poucas perspectivas palpáveis. Nesse ínterim, um piloto do país se firmava na Europa, Emerson Fittipaldi, e foi esse sucesso que impulsionou a evolução do esporte no país. Esta seção analisa os fatos, narra as corridas domésticas e internacionais, e os carros usados na época.

Tradutor profissional desde 1982, bastante conhecido na comunidade brasileira dos Estados Unidos, Carlos consultou centenas de fontes de informação em mais de dez idiomas para compilar o livro de 384 páginas. Autor de diversos blogs de automobilismo desde 2003, em inglês e português, Carlos também é autor de dois livros em português, “Nexus Explicitus”(crônicas/humor) e “Memórias Hiperbólicas de Rodolpho Chimentão”(ficção). Os três livros podem ser adquiridos na Amazon.com https://www.amazon.com/gp/product/1732674426

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Escritor brasileiro radicado nos EUA lança dois livros na Amazon.com

O escritor brasileiro Carlos A. de Paula, radicado nos Estados Unidos desde 1976, acaba de lançar dois livros em português na Amazon.com. Trata-se de duas obras de ficção de leitura leve, rápida, não maçante.

O primeiro, Nexus explicitus, não é o que parece. Uma coletânea de textos escritos ao longo dos últimos quinze anos, o livro trata de assuntos corriqueiros como doenças, gatos, reforma ortográfica, internet, hábitos modernos, sequestros, bandidagem, patos, laranjas, pimentão, jornalismo, a vida do brasileiro nos Estados Unidos, pipocas, além de uma série interessante de contos curtíssimos, com diálogos engraçados. O livro pode ser adquirido aqui.

Já Memórias Hiperbólicas do Conde Rodolpho Chimentão são fictícias memórias de um idoso que de uma forma ou outra se contextualiza em alguns dos momentos mais cruciais do século XX. Obviamente megalomaníaco, Chimentão alega ser nobre  ”de alta estirpe”, herdeiro da Ordem dos Templários, riquíssimo, conhecer inúmeras celebridades de todos os meios, falar um punhado de idiomas, ter dezenas de diplomas universitários, praticar diversos esportes com destreza e tocar inúmeros instrumentos musicais perfeitamente. Diz que foi presidente de banco suíço, resolveu o bug do milênio, deu a ordem para a revolução de 64, foi o primeiro a pisar no cume do monte Everest e ser o recordista absoluto de Interlagos. Há muito de história verdadeira nas estórias de Chimentão. Algo assim como as famosas, fakenews de hoje, daí o subtítulo do livro “Fakehistory na era do Fakenews”. O livro pode  ser adquirido aqui.

Tradutor profissional desde 1982, com forte atuação e bastante conhecido nas comunidades brasileiras de Nova York  e Miami, Carlos A. De Paula escreve desde a sua época de universidade, quando fez alguns textos para jornais da faculdade. Depois foi editor de diversas newsletters sobre cultura, negócios e turismo nos anos 90, escreveu textos para algumas publicações brasileiras dos Estados Unidos e até mesmo um artigo de página inteira sobre as eleições americanas, publicado no Diário de São Paulo. Além disso, contribuiu textos, em português e inglês, para centenas de blogs desde 2003, sendo um consagrado blogueiro sobre o tema automobilismo de competição. De fato, seu próximo livro tratará do automobilismo dos anos 70, e será editado inicialmente em inglês.

Em parceria com a Amazon.com, os livros também estão disponíveis em formato kindle

 

A saga do Fisioterapeuta brasileiro nos EUA

É um fato conhecido que a população dos EUA está envelhecendo, e a demanda por serviços para a população envelhecida está aumentando a cada ano que passa. A Fisioterapia é um desses serviços, ou seja, a demanda por esses profissionais está aumentando em todo o país. Pesquisas de emprego e listas de futuras boas carreiras geralmente incluem a fisioterapia, pelas mesmas razões declaradas. No entanto, o número de graduados em fisioterapia dos EUA não está acompanhando a demanda, ou seja, fisioterapeutas estrangeiros estão sendo chamados a preencher a lacuna.

O primeiro passo para um fisioterapeuta estrangeiro é obter uma validação de seus diplomas junto a agências especializadas como FCCPT e ICA, que analisam os históricos, diplomas e conteúdos programáticos e emitem opiniões que são amplamente reconhecidas como tendo fé pública. Daí, compete aos órgãos de regulamentação e licenciamento de cada estado aprovar os pedidos ou exigir que o requerente obtenha mais créditos. Portanto, é uma boa ideia para o fisioterapeuta estrangeiro descobrir quais agências de validação são aceitáveis ​​para o órgão normativo estadual onde vive, ou pretende viver. Os membros da NACES, por exemplo, podem ser aceitos em um estado, porém rejeitados em outro.

Para fisioterapeutas de países como Grã-Bretanha, Austrália, Nova Zelândia e Índia, e países que emitem conteúdos programáticos em inglês, as coisas podem ser mais fáceis, pois a documentação acadêmica não requer tradução. Esse não é o caso da documentação de fisioterapeutas de outros países, como o Brasil. Traduzir históricos, diplomas e certificados não custa muito, porém os conteúdos programáticos (syllabus, no inglês) são documentos longos que podem ter algumas dezenas de páginas, e além de 400.

Os syllabus americanos são geralmente documentos muito concisos, de fato, às vezes, cada matéria pode ser resumida em um único parágrafo, nos casos mais extremos. Esse não é o caso de programas de vários países, onde o conteúdo de uma única disciplina pode ter mais de 10 páginas.

Uma busca rápida de traduções na internet retorna uma série de empresas com sites visíveis e modernos que fornecem preços “por página” que, a princípio, parecem ser um bom negócio. Muitas dessas empresas são startups do Silicon Valley que, em geral, não estão familiarizadas com as especificidades do mercado de tradução, apesar de suas alegações, e baseiam-se em estratégias de marketing e plataformas tecnológicas que nem sempre favorecem o cliente. Estes preços “por página” podem variar entre US$ 19,95 e US$ 33,00.

No entanto, antes de considerar a contratação de tais empresas, é preciso observar cuidadosamente essas estruturas de preços para um documento muito longo. O preço por página não significa páginas com número ilimitado de palavras, logo descobrirá. Na verdade, o anunciante que cobra US$ 19,95 uma página define uma página, (em letras minúsculas, lógico, e não no seu anúncio) como tendo meramente 100 palavras. No entanto, a maioria das páginas de um conteúdo programático tem mais de 100 palavras, e de fato, muitas páginas do programa contêm mais de 500 palavras. Outras empresas definem uma página com 250 palavras, e todas alteram o preço por palavra depois que o limite é atingido. Isso significa que muitas páginas do programa não se qualificam para o preço aparentemente baixo “por página”. Quando o limite máximo é excedido, essas empresas normalmente cobram entre US$ 0,10 a US$ 0,12 por palavra. No entanto, acham justo cobrar o preço “por página” para páginas com pouco texto, mesmo que seja uma linha. Assim, um esboço de curso de 400 páginas, não incomum, pode custar US$ 12.000,00 ou muito mais.

O fato é que a grande maioria das empresas de tradução e tradutores individuais nos EUA não está familiarizada com o processo de validação e avaliação, por isso eles precificam o documento inteiro, que é um desperdício de seu tempo e dinheiro, e torna o trabalho do avaliador muito mais difícil. Longe do autor sugerir que essas empresas fazem isso porque querem enganar e cobrar excessivamente – diria que é pura ignorância.

Portanto, a melhor alternativa é buscar um especialista, como a Legal Translation Systems, situada na área de Miami, e que vem fazendo esse trabalho específico desde a década de 80. “Os avaliadores procuram informações específicas em um syllabus, e muitas informações podem, de fato devem, ser omitidas. Quando nós orçamos um projeto, apenas incluímos as informações efetivamente exigidas pelos avaliadores, que apreciam nosso esforço. Recentemente, um cliente foi cotado US$ 8.000,00 por uma grande empresa de tradução de Miami, fizemos o trabalho por apenas US$ 3.200,00”, diz Celia Pieroni, gerente. Pieroni também diz que “as traduções de programa de fisioterapia devem ser preparadas por um tradutor experiente, porque os originais geralmente têm dezenas de centenas de erros, e o tradutor deve estar muito familiarizado com a terminologia específica para fazer os ajustes adequados”.

A única desvantagem é que a Legal Translation Systems é uma empresa boutique, que não subcontrata como 99% das empresas americanas do setor, por isso limita-se a traduzir conteúdos programáticos do espanhol, português, francês e italiano. Se o seu documento estiver escrito em um idioma diferente, como alemão e holandês, terá um longo processo para não perder tempo e dinheiro. Sugiro que visite o site da associação americana de tradutores, ATA,  para obter informações sobre tradutores de outros idiomas. Procure especialistas com conhecimentos científicos ou médicos.

 

Corporativismo em cada lugar

Acadêmicos, de modo geral, não são lindos. Nem acadêmicas. Sei lá porque. Quem sabe, por não serem bonitos(as) ou muito atraentes na juventude, se afundam nos estudos e pesquisas.

Ocorre que o ser humano é corporativista por essência. Quando vemos alguém se sobressair, da mesma nacionalidade, religião, cidade, partido político, profissão, muitas vezes demonstramos um orgulho que beira o insano. Seria como se parte do sucesso de tal pessoa lhe pertencesse. Gostaria de pensar que a razão é mais nobre, que queremos o bem de tal pessoa por quem ela é, mas o fato é que  geralmente essa reação tem a ver mais com nosso egocentrismo do que com a pessoa bem sucedida.

Pois bem, um dia estava conversando com um acadêmico. Não é muito dado a nomes de atores, atrizes, celebridades. Não sei onde saiu o nome de Natalie Portman na história, só sei que o cara ficou todo animado, parecia um leitor assíduo da revista People.

Daí fui entender um pouco mais tarde. Descobri que a atriz frequentou a Harvard. Ou seja, o acadêmico parecia estar dizendo “tá vendo, tem mulher bonita na Harvard, também”.

Não faz muito sentido essa atitude. Sabe-se lá como ela entrou na Harvard, se foi por mérito, ou por relações públicas. Não seria a primeira, nem a última vez que uma universidade da Ivy League faz isso. Basta lembrar de Brooke Shields na Princeton.

Quem muito fala…

Um professor de inglês de Brasilia foi demitido por ter usado a fraquinha música “I Kissed a Girl”, da bobinha americana Katy Perry, para exemplificar o uso de verbos no passado.

Tenho este blog há já algum tempo, e escrevo na Internet há seis anos. Tenho uma longa lista de textos que programei colocar no ar e nunca pûs. Infelizmente, até hoje nutro o nefasto hábito de comer e ter contas para pagar, gosto de morar embaixo de um teto e apesar de achar que levo jeito para a coisa, nunca ganhei na loteria. Assim, vejo-me obrigado a acionar meu próprio departamento de censura federal, e já cheguei até a excluir textos. Tenho muitos clientes que não posso alienar ou ofender, e como não sou imprensa, não tenho a obrigação de discorrer sobre fatos que os envolvam. Também tenho amigos em posições altas, e não convém sentar a pua nos órgãos em que trabalham. Vai daí por diante. Sei que não há tanta gente asssim que lê meus textos, mas já tive surpresas. Portanto, a liberdade de expressão deve sempre ser casada com responsabilidade. Temos liberdade de nos exprimir, mas somos responsáveis pelos nossos atos.

O fato é que há literalmente milhôes de músicas em inglês. Músicas de poetas magníficos, com temas variadíssimos, verdadeiras obras de arte. Em qualquer momento há centenas de músicas em inglês nas paradas de sucesso.

O professor Márcio tinha então, um leque imenso de opções de músicas para apresentar à sua sala de aula para discutir os tempos verbais no idioma anglo. Escolheu uma que fala em beber álcool, ao ponto de, segundo a própria letra da música, “perder a discrição”, ou seja, ficar bêbada. O tema supostamente foi apresentado à diretoria da escola, que vetou o uso da música. Daí o professor, que supostamente é homossexual, resolveu passar por cima da decisão da diretoria e apresentou a música com o tema GLS, um beijo lésbico, na sala de aula.

Para mim o caso é óbvio. O professor violou uma orientação da diretoria. Ponto final.

Agora, virar todo assunto e dizer que houve discriminação a opção sexual me parece um tanto irrazoável da parte dele. É difícil imaginar que escolheu a música de Perry pela qualidade da mesma, pois a canção é fraca, ou pela profundidade da letra, pois profunda não é, ou até mesmo pelo grande número de verbos. Só nos leva a crer que a música foi escolhida justamente para ser polêmico, como apologia ao lesbianismo.

As leis de discriminação não existem para isentar as pessoas de suas responsabilidades. Não existem para estabelecer o liberou geral, a festa da uva, o vale-tudo.

A meu ver, o professor tem muitas coisas a aprender sobre a vida. Por exemplo, acatar ordens de superiores faz bem à saúde. Entender que há lugares certos para exercer sua militância, e certamente, uma sala de aula com menores de 12 a 14 anos não é o lugar certo.

Liberdade com responsabilidade é virtude. De outra forma, é bagunça, pura libertinagem.

Vivendo e aprendendo

 

Comprei uns DVDS sobre Fórmula 1 em Paris na FNAC. Pela descrição eram coisa boa.

Uns dias depois de chegar nos EUA, decidi assisti-los. Qual não foi a minha surpresa quando o meu DVD player da Sony se recusou a passar o DVD, por estar fora de território europeu.

Não é preciso dizer que fiquei uma vara.

Como sou dificil de desistir de algo que quero muito, decidi rodar o DVD no meu computador. Voilá! Consegui sem problemas.

Obviamente, ninguém na FNAC me disse nada sobre o assunto, embora tenha me identificado como residente nos EUA.

O pior está por vir. Um técnico da empresa de TV a Cabo veio consertar meu modem, e me disse para tomar cuidado ao rodar o DVD no computador. Ele pode fazer sem problemas umas 4 vezes, mas depois muda definitivamente o território para Europa, e daí não consigo rodar nada americano.

Ou seja, agora vou ter que comprar um daqueles DVD players pequeninos para ver meus DVDs franceses.

Portanto, pensem duas vezes antes de comprar algum DVD na Europa, ou de um site europeu. Ou vá preparando a carteira.

Por que não vir a Miami Beach

 

Sei que no imaginário do brasileiro, Miami Beach é uma coisa imperdível. A novela America só fez aumentar o ibope da cidade do sul da Florida.

Ocorre que nem tudo é tão lindo, colorido e amistoso na bela cidade Art Deco. Principalmente se você decidir alugar um carro e dirigir.

Isto por que provavelmente é o pior local do mundo para você estar munido de transporte individual. Não é por causa do trânsito, mas sim, por causa de estacionamento.

A cidade é pequena, e francamente não está equipada para receber o número de visitantes que aqui passam por ano. As convenções e teatros só pioram a coisa, trazendo gente de outras cidades vizinhas, portanto, sexta-feira e sábado a noite devem ser evitados, pois você não encontra estacionamento em nenhum dos estacionamentos públicos operados pela prefeitura. Quem sabe, encontre lugar nos mais caros próximos da Alton.

O pior mesmo são os guinchos. Não são guinchos oficiais da prefeitura, não. São duas empresas particulares que abusam do direito de guinchar e a polícia não faz nada!!! Por ano, mais de 12.000 carros são guinchados por essas duas empresas, isso numa cidade de 60.000 pessoas. Façam as contas.

Se você quer ser roubado, alugue um carro e estacione no estacionamento de uma loja.

Se você cair na besteira de não ir direto ao estacionamento ao sair da loja seu carro poderá ser guinchado, e a brincadeira custa até 225 dólares. E muitas vezes, mesmo que você tenha ido somente á loja que supostamente tem o estacionamento para os seus clientes, e a nenhum outro estabelecimento, não estão nem aí. Levam o carro, e não adianta reclamar á polícia, pois eles também não estão nem aí. Não é loja que chama o guincho – os próprios caras da empresa de guincho ficam espreitando esperando um otário, como batedores de carteira á busca de um freguês.

Das duas uma. Fique na cidade, mas não alugue carro, pois você terá dor de cabeça, na certa, se alugar. Ou então, nem venha. Há diversas outras cidades na Flórida que administram seus estacionamentos de uma forma mais decente.

A não ser que você não se importe de gastar as 225 doletas. Se estiver sobrando, mande para mim.