É um fato conhecido que a população dos EUA está envelhecendo, e a demanda por serviços para a população envelhecida está aumentando a cada ano que passa. A Fisioterapia é um desses serviços, ou seja, a demanda por esses profissionais está aumentando em todo o país. Pesquisas de emprego e listas de futuras boas carreiras geralmente incluem a fisioterapia, pelas mesmas razões declaradas. No entanto, o número de graduados em fisioterapia dos EUA não está acompanhando a demanda, ou seja, fisioterapeutas estrangeiros estão sendo chamados a preencher a lacuna.
O primeiro passo para um fisioterapeuta estrangeiro é obter uma validação de seus diplomas junto a agências especializadas como FCCPT e ICA, que analisam os históricos, diplomas e conteúdos programáticos e emitem opiniões que são amplamente reconhecidas como tendo fé pública. Daí, compete aos órgãos de regulamentação e licenciamento de cada estado aprovar os pedidos ou exigir que o requerente obtenha mais créditos. Portanto, é uma boa ideia para o fisioterapeuta estrangeiro descobrir quais agências de validação são aceitáveis para o órgão normativo estadual onde vive, ou pretende viver. Os membros da NACES, por exemplo, podem ser aceitos em um estado, porém rejeitados em outro.
Para fisioterapeutas de países como Grã-Bretanha, Austrália, Nova Zelândia e Índia, e países que emitem conteúdos programáticos em inglês, as coisas podem ser mais fáceis, pois a documentação acadêmica não requer tradução. Esse não é o caso da documentação de fisioterapeutas de outros países, como o Brasil. Traduzir históricos, diplomas e certificados não custa muito, porém os conteúdos programáticos (syllabus, no inglês) são documentos longos que podem ter algumas dezenas de páginas, e além de 400.
Os syllabus americanos são geralmente documentos muito concisos, de fato, às vezes, cada matéria pode ser resumida em um único parágrafo, nos casos mais extremos. Esse não é o caso de programas de vários países, onde o conteúdo de uma única disciplina pode ter mais de 10 páginas.
Uma busca rápida de traduções na internet retorna uma série de empresas com sites visíveis e modernos que fornecem preços “por página” que, a princípio, parecem ser um bom negócio. Muitas dessas empresas são startups do Silicon Valley que, em geral, não estão familiarizadas com as especificidades do mercado de tradução, apesar de suas alegações, e baseiam-se em estratégias de marketing e plataformas tecnológicas que nem sempre favorecem o cliente. Estes preços “por página” podem variar entre US$ 19,95 e US$ 33,00.
No entanto, antes de considerar a contratação de tais empresas, é preciso observar cuidadosamente essas estruturas de preços para um documento muito longo. O preço por página não significa páginas com número ilimitado de palavras, logo descobrirá. Na verdade, o anunciante que cobra US$ 19,95 uma página define uma página, (em letras minúsculas, lógico, e não no seu anúncio) como tendo meramente 100 palavras. No entanto, a maioria das páginas de um conteúdo programático tem mais de 100 palavras, e de fato, muitas páginas do programa contêm mais de 500 palavras. Outras empresas definem uma página com 250 palavras, e todas alteram o preço por palavra depois que o limite é atingido. Isso significa que muitas páginas do programa não se qualificam para o preço aparentemente baixo “por página”. Quando o limite máximo é excedido, essas empresas normalmente cobram entre US$ 0,10 a US$ 0,12 por palavra. No entanto, acham justo cobrar o preço “por página” para páginas com pouco texto, mesmo que seja uma linha. Assim, um esboço de curso de 400 páginas, não incomum, pode custar US$ 12.000,00 ou muito mais.
O fato é que a grande maioria das empresas de tradução e tradutores individuais nos EUA não está familiarizada com o processo de validação e avaliação, por isso eles precificam o documento inteiro, que é um desperdício de seu tempo e dinheiro, e torna o trabalho do avaliador muito mais difícil. Longe do autor sugerir que essas empresas fazem isso porque querem enganar e cobrar excessivamente – diria que é pura ignorância.
Portanto, a melhor alternativa é buscar um especialista, como a Legal Translation Systems, situada na área de Miami, e que vem fazendo esse trabalho específico desde a década de 80. “Os avaliadores procuram informações específicas em um syllabus, e muitas informações podem, de fato devem, ser omitidas. Quando nós orçamos um projeto, apenas incluímos as informações efetivamente exigidas pelos avaliadores, que apreciam nosso esforço. Recentemente, um cliente foi cotado US$ 8.000,00 por uma grande empresa de tradução de Miami, fizemos o trabalho por apenas US$ 3.200,00”, diz Celia Pieroni, gerente. Pieroni também diz que “as traduções de programa de fisioterapia devem ser preparadas por um tradutor experiente, porque os originais geralmente têm dezenas de centenas de erros, e o tradutor deve estar muito familiarizado com a terminologia específica para fazer os ajustes adequados”.
A única desvantagem é que a Legal Translation Systems é uma empresa boutique, que não subcontrata como 99% das empresas americanas do setor, por isso limita-se a traduzir conteúdos programáticos do espanhol, português, francês e italiano. Se o seu documento estiver escrito em um idioma diferente, como alemão e holandês, terá um longo processo para não perder tempo e dinheiro. Sugiro que visite o site da associação americana de tradutores, ATA, para obter informações sobre tradutores de outros idiomas. Procure especialistas com conhecimentos científicos ou médicos.